Festival Gastronômico de Búzios

Por: Letícia Koeler

Nem o temporal foi capaz de desanimar quem foi conferir de perto as delícias oferecidas pelos restaurantes no 9º Festival Gastronômico de Búzios no último final de semana. Pelo menos eu não desanimei! E ainda consegui carregar meu marido e meu irmão comigo. Começamos pelo Renascimento Bar, que fica na rua paralela à Rua das Pedras, que serviu Camarões na laranja. Apesar de simples, a entrada estava muito bem temperada com shoyo.

Como eu adoro comida apimentada, não podia deixar de enfrentar a fila do Sawasdee. E valeu muito a pena. O chef Marcos Sodré caprichou no Beef Moolie, prato típico da Malásia, preparado especialmente para o festival. Uma delícia! Os pedaços de carne de boi cozidos com leite de coco, especiarias, capim limão e açafrão eram servidos com arroz de jasmim e cubos de batata. Coco queimado ralado e um molho de pimenta ficavam à disposição para quem queria apimentar ainda mais o prato. Eu peguei, claro!

Depois, fomos conferir o prato do Bananaland, um dos melhores restaurantes de Búzios (excelente dica para quem estiver na cidade em qualquer época do ano). Nhoque de espinafre com camarão e abobrinha ao molho de açafrão. Como não poderia deixar de ser, o prato estava maravilhoso!

Decidimos encarar a chuva para saborear a sobremesa do Sorvete Filandês, que servia uma barquete com três sabores: Mascarpone com amarena, Figos ao conhaque e nozes e chocolate filandês com passas ao rum e Castanha de caju. Meu irmão resolveu criar a própria sobremesa: sorvete de creme do Filandês com a famosa torta de banana e chocolate do Café Maré Mansa, que não participou do evento. Fica a dica para o próximo evento... :)

Sabores da Índia

Com certeza a melhor coisa que me aconteceu na Índia foi ter conhecido a Ana Maria, que se tornou essa amiga tão querida e especial. Ela estava aqui do lado, mas precisei ir lá para o outro lado do mundo para conhecê-la. Caprichos do destino. Valeu! Embora na minha passagem pela Índia eu andasse meio sonâmbula (fruto daquela batida de excursão: acorda, levanta, corre pra lá, corre pra cá, ufa!), ficava bem acordada na hora de comer! Os pães são todos maravilhosos, cheguei até a filmar um deles assando num tandoor (forno de barro cilíndrico e fundo), mas ficou na máquina da Bete Floris, minha companheira de viagem, em 2007. Juntas fomos devorar esse cordeiro ( ou seria carneiro?, sempre confundo), no Bukhara, restaurante especializado no preparo dessa carne. O pão servido antes era uma coisa imensa, tipo maior do que a mesa. Comemos quase todo, antes de devorar essa pernoca aí abaixo. Ao final, serviram essa misturinha de açúcar, coco e erva doce, que se pega com a ponta dos dedos e joga direto na boca. Uma delícia! Ah, essa comilança foi em Nova Delhi, onde também jantamos no The Spice Route, escolhido como um dos melhores restaurantes do mundo pela Condé Nast Traveler, mas que não causou a menor impressão, a não ser pela decoração rebuscada.

Agora, VA!!!

Resolvi que, a partir de agora, vou postar todas as minhas melhores aventuras e experiências gastrnômicas. Acabou a preguiça, auto-crítica, o negócio é postar sem me preocupar.
Vou publicar a minha querida foto de uma sobremesa de tomate, que já pensaram se tratar até de um velho banguela. Que criatividade! Na verdade, é uma sobremesa do L'Arpège o 3 estrelas Michelin vegetariano e orgânico do chef Alain Passard. A comida é caprichadíssima e coisa e tal, mas, sinceramente, comer só legumes, por mais benfeito que seja, enche. Ao final do menu degustação teve um peixinho, incapaz, tadinho, de conter minha voracidade. Bem, lá vai a tal sobremesa de tomate.